domingo, 29 de novembro de 2009

Um Ano de OEA


Durante a semana passada estive me lembrando de que a aproximadamente 365 dias atrás vivenciei uma das minhas melhores experiências. Trata-se das Jornadas Jurídicas da Organização dos Estados Americanos (OEA) que acontece todo o ano com o intuito de estreitar os trabalhos desse organismo internacional com os estudantes das mais diversas universidades do continente americano.
Pois bem, nas Jornadas do ano passado que ocorreram em Campo Grande/MS obtive a oportunidade de conhecer professores e funcionários da OEA com as mais diversas nacionalidades das Américas (estadunidense, nicaraguense, costarriquenho, mexicano, argentina, uruguaio, peruano..). Enfim, conversamos sobre questões culturais, jurídicas e até futebol. Claro, pois como não dizer que se é brasileiro sem se referir aos esporte no qual somos cinco vezes campeões?
Mas o mais importante de tudo para mim foi fazer os contatos, obtive las tarjetas de maioria esmagadora dos professores presentes e creio também que passei uma boa impressão a todos. No entanto, como nem tudo na vida é um mar de rosas me decepcionei com o Secretário para Assuntos Jurídicos da OEA, Jean Michel Arrighi, um uruguaio muito antipático que menosprezou aqueles que estudam o Curso de Relações Internacionais e teve a cara-de-pau de me dizer o seguinte:- Não gosto que os internacionalistas se envolvam nas questões. pois os advogados são os melhores e "fazem" dinheiro mais rápido.
Confesso que vontade para dar um soco na cara dele não faltou, porém, a via diplomática segue sendo e sempre será o melhor caminho para resolver os desentendimentos entre os sujeitos de Direito. Porém, sempre tenho procurado ver tudo por seu lado positivo e, analisando mais especificamente a questão da crise política em Honduras, agora entendo porque a OEA não consegue chegar numa solução rápida e eficiente. Pois como se chegar com os grandes tendo cérebros tão pequenos como o do senhor Jean Michel Arrighi?Contudo, se um dia Deus me der a oportunidade de me encontrar pessoalmente com esse homem, direi para ele o seguinte: - Nosostros, los internacionalistas, pertenecemos a la carrera más noble de todo el mundo. Pues tenemos tres elementos en nuestra mente que, quizás, ningun otro profesional los posen; auteridad, identidad y racionalidad.
Auteridade porque reconhecemos a existência do outro (de uma alternativa de se ter uma visão de mundo). Identidade: porque representamos uma das culturas e não abrimos mão dos interesses do povo que representamos. e Racionalidade: porque usamos a mente nas discussões entre essas culturas e sempre pensamos coletivamente, pois o mundo é plural, sempre foi e sempre será.A observação que faço em tudo isso é que falta profissional de Relações Internacionais nesse espaço denominado mercado de trabalho e, incentivo a todos do meu estado (Mato Grosso do Sul) que não desanimem pelos comentários alheios duvidosos sobre o sucesso de nosso curso, pois enquanto houverem desavenças no mundo, há a falta de um internacionalista.

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